quarta-feira, 29 de setembro de 2021

A força das ideias...


Normalmente não nos damos conta da força que têm as ideias, no contexto geral da vida.

A ideia é um elemento vivo de curta ou longa duração, que exteriorizamos de nossa alma e que, como criação nossa, forma acontecimentos e realizações, atitudes e circunstâncias que nos ajudam ou desajudam, conforme a natureza que lhe imprimimos.

A ideia é força atuante, e raio criador que estabelece atos e fatos, enquanto lhe damos impulso.

Quando várias ideias se somam, a sua força aumenta, atingindo grandes proporções.

Não é outro o motivo pelo qual as equipes de jogadores encontram dificuldades em vencer fora de casa, como se costuma dizer.

É que a força das ideias dos torcedores, vibrando em uníssono, exerce grande influência, impulsionando o time tanto para a vitória como para a derrota.

Assim acontece também, quando uma pessoa está prestes a deixar o corpo físico e outras tantas pessoas a retêm pelo desejo ardente de que não morra.

Se a hora é chegada, os Benfeitores Espirituais promovem a chamada melhora da morte, para que as ideias de retenção se afrouxem e o Espírito seja desligado do corpo, graças ao relaxamento das ideias-força, que retinham o moribundo.

Nossas ideias podem ser flor ou espinho, pão ou pedra, asa ou algema, que arremessamos na mente alheia e que retornarão, inevitavelmente, até nós, trazendo-nos perfume ou chaga, suplício ou alimento, cadeia ou libertação.

O crime é uma ideia-flagelação que se insinuou na mente do criminoso.

A guerra de ofensiva é um conjunto de ideias-perversidade, subjugando milhares de consciências.

O bem é uma ideia-luz, descerrando caminhos de elevação.

A paz coletiva é uma coleção de ideias-entendimento, promovendo o progresso geral.

É por essa razão que o Evangelho representa uma glorificada equipe de ideias de amor puro e fé transformadora, que Jesus trouxe para as esferas dos homens, erguendo-os para Deus.

Na manjedoura, implanta o Mestre a ideia da humildade.

Na carpintaria nazarena, traça a ideia do trabalho.

Nas bodas de Caná, anuncia a ideia de auxílio desinteressado à felicidade do próximo.

No socorro aos doentes, cria a ideia da solidariedade.

No Tabor, revela a ideia da sublimação.

No Jardim das Oliveiras, insculpe a ideia da suprema lealdade a Deus.

Na cruz da renúncia e da morte, irradia a ideia do sacrifício pessoal pelo bem dos outros, como bênçãos de ressurreição para a imortalidade vitoriosa.

* * *

Não nos esqueçamos de que nossos exemplos, nossas maneiras, nossos gestos e palavras que saem da nossa boca, geram ideias.

Essas ideias, à maneira de ondas criadoras, vão e vêm, partindo de nós para os outros e voltando dos outros para nós, com a qualidade de sentimento e pensamento que lhes imprimimos, levando-nos ao triunfo ou à derrota.

É por isso que, em nossas tarefas habituais, precisamos selecionar as ideias que nos possam garantir saúde e tranquilidade, melhoria e ascensão.

Pensemos nisso!


Redação do Momento Espírita, com base no cap. 20, pelo Espírito Emmanuel, do livro Vozes do grande Além, por Espíritos diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.











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