sexta-feira, 29 de abril de 2022

A ação do mal...



Um minuto pode resultar em decênios de sofrimentos para consertar os estragos que fazemos em nossa biografia espiritual, quando não exercitamos o perdão.

Dois condôminos de um prédio discutiram sobre vagas na garagem coletiva. Irritaram-se. Gritaram.

Ofenderam-se, com a inconsequência de quem fala o que pensa, sem pensar no que fala.

Finalmente, agrediram-se fisicamente e o mais fraco fuzilou o mais forte.

Resultado: um foi para o cemitério e o outro para a prisão.

Ambos comprometeram-se infantilmente: o morto retornou prematuramente à vida espiritual, interrompendo seus compromissos, situando-se em lamentáveis desajustes O assassino assumiu débitos cujo resgate lhe exigiu muitas lágrimas e atribulações.

Isso, sem falar das famílias desamparadas...

Não raro, esses desentendimentos geram insidiosas obsessões. O morto transforma-se em verdugo, empolgado pelo desejo de fazer justiça com as próprias mãos.

Ninguém pode prever até onde irão os furiosos combates espirituais entre dois desafetos, um na Terra e outro no Além.

Tudo isso por quê?

Porque erraram na escolha dos verbos e das ações.

Usaram o verbo revidar sendo que o certo seria relevar.

Relevar sempre!

Revidar jamais!


(André Luiz)
Fonte: http://betemensagemdodia.blogspot.com/










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quarta-feira, 20 de abril de 2022

O que te faz melhor...


Narra-se que Leonardo Boff, num intervalo de uma conversa de mesa-redonda sobre religião e paz entre os povos, perguntou ao Dalai Lama:

Santidade, qual a melhor religião?

O teólogo confessa que esperava que ele dissesse: É o budismo tibetano. Ou são as religiões orientais, muito mais antigas que o cristianismo.

O Dalai Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso, olhou seu inquiridor bem nos olhos, desconcertando-o um pouco, como se soubesse da certa dose de malícia na pergunta, e afirmou:

A melhor religião é a que mais te aproxima de Deus. É aquela que te faz melhor.

Para quem sabe sair da perplexidade diante de tão sábia resposta, Boff voltou a perguntar:

O que me faz melhor?

Aquilo que te faz mais compassivo; aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável...

A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião...

Boff confessa que calou, maravilhado, e até os dias de hoje ainda rumina a resposta recebida, sábia e irrefutável.

O Dalai Lama foi ao cerne da questão: a religião deve nos ser útil para a vida, como promotora de melhorias em nossa alma.

Não haverá religião mais certa, mais errada, mas sim aquela que é mais adequada para as necessidades deste ou daquele povo, desta ou daquela pessoa.

Se ela estiver promovendo o Espírito, impulsionando-o à evolução moral e estabelecendo este laço fundamental da criatura com o Criador - independente do nome que este leve - ela será uma ótima religião.

Ao contrário, se ela prega o sectarismo, a intolerância e a violência, é óbvio que ainda não cumpre adequadamente sua missão como religião.

O eminente Codificador do Espiritismo, Allan Kardec, quando analisou esta questão, recebeu a seguinte resposta dos Espíritos de luz:

Toda crença é respeitável quando sincera, e conduz à prática do bem. As crenças censuráveis são as que conduzem ao mal.

Desta forma, fica claro mais uma vez que a religião, por buscar nos aproximar de Deus, deve, da mesma forma, nos aproximar do bem, e da sua prática cotidiana.

Nenhum ritual, sacrifício, nenhuma prática externa será proveitosa, se não nos fizer melhores.

Deveríamos empreender nossos esforços na vida para nos tornarmos melhores.

Investir em tudo aquilo que nos faz mais compreensivos, mais sensíveis, mais amorosos, mais responsáveis.

A melhor Doutrina é a que melhor satisfaz ao coração e à razão, e que mais elementos tem para conduzir o homem ao bem.

* * *

Gandhi afirmava que uma vida sem religião é como um barco sem leme.

Certamente todos precisamos de um instrumento que nos dirija. Assim, procuremos aquela religião que nos fale à alma, que nos console e que nos promova como Espíritos imortais que somos.

Transmitamos às nossas crianças, desde cedo, esta importância de manter contato com o Criador, e de praticar o bem, acima de tudo.


Redação do Momento Espírita com base no item 838 de O livro dos espíritos, no item 302 de O livro dos médiuns, ambos de Allan Kardec, ed. Feb e no livro Espiritualidade, um caminho de transformação, de Leonardo Boff, ed. Sextante.

















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terça-feira, 5 de abril de 2022

Inimigas da humildade...


Uma virtude muito esquecida e até mesmo desprezada é a humildade.

Infelizmente vivemos numa sociedade que se diz cristã, mas que na realidade é materialista.

Isso faz com que as pessoas vivam numa competição constante, umas querendo se destacar mais do que as outras.

Não é, portanto, de se estranhar que a humildade ande tão escassa.

Há contudo, uma lei universal segundo a qual todos somos iguais perante Deus.

Ao contrário do pensamento comum, ser humilde não significa ser submisso, subserviente. Ser humilde é ser natural, é reconhecer que ninguém é dono da verdade, que ninguém é superior a ninguém.

Para conquistar essa virtude especial é necessário eliminar do nosso comportamento quatro grandes inimigas da humildade e, por consequência, da paz.

A primeira grande inimiga é a presunção.

É terrível conviver com pessoas presunçosas, que acham que sabem tudo e que, via de regra, sabem muito pouco.

Mas a presunção é muito pior para o presunçoso do que para as pessoas que com ele convivem, pois ele vive enganando-se a si próprio e perde importantes oportunidades de crescer ao julgar que nada tem a aprender.

A segunda inimiga da humildade é a ostentação.

Existem pessoas que realmente possuem domínio sobre certos assuntos, certas habilidades e que ostentam seus conhecimentos e suas capacidades a fim de deixarem evidente sua superioridade.

Todavia, a ostentação indica uma falta de amadurecimento psicológico, pois nossas habilidades especiais, se existem, estão para servirmos mais à comunidade e não para que fiquemos a nos vangloriar.

A terceira grande inimiga da humildade é a teimosia.

Naturalmente, ela é produto das duas primeiras, a presunção e a ostentação, porque demonstra que o teimoso considera o seu ponto de vista superior ao ponto de vista dos demais.

A teimosia é responsável por muita confusão.

Mas ela também traz seus prejuízos para o teimoso, afinal de contas, a nossa opinião sobre as coisas não altera a sua realidade e é muito comum vermos os teimosos terem de morder a própria língua.

Finalmente, a quarta grande inimiga da humildade é a impiedade.

A impiedade faz com que nos excedamos na luta pelo que julgamos ser nosso direito.

É claro que ser humilde não significa ser tolo, mas a grosseria é dispensável na luta pelo que é certo.

Como podemos ver, a nossa vida seria mais tranquila se buscássemos conquistar essa virtude especial que é a humildade, sem tirar da mente a ideia sublime do Cristo que afirmava: Quem quiser ser o maior no reino dos céus, faça-se o menor, isto é, o servo de todos - ideia, aliás, que Ele exemplificou muito bem.

* * *

Em várias mensagens incluídas nas obras de Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, os Espíritos superiores nos falam a respeito das duas grandes doenças da Humanidade.

Porém essas doenças terríveis não são nem a Aids, nem o câncer, nem a hanseníase.

As duas grandes chagas da Humanidade são o egoísmo e o orgulho.

Pensemos nisso.



Redação do Momento Espírita
Em 22.10.2012.























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