sábado, 31 de outubro de 2020

Nossas preocupações


Como você lida com suas preocupações?

Existe alguma, neste exato momento, que esteja lhe consumindo as energias, os seus pensamentos?

Pois bem, vejamos o que nos diz Dale Carnegie, em trecho de sua obra Como evitar preocupações e começar a viver.

Narra ele o caso de um aluno seu que, certo dia, sofreu um colapso nervoso.

A causa? Preocupações.

O estudante confessa:

Eu me preocupava com tudo: preocupava-me porque era muito magro; porque pensava que estava perdendo cabelo; porque receava não ganhar dinheiro suficiente para casar.

Preocupava-me porque sentia que jamais seria um bom pai; porque pensava que não estava levando uma vida decente; porque pensava que tinha uma úlcera no estômago.

Não podia mais trabalhar, renunciei ao emprego.

Criei, dentro de mim, tal tensão, que parecia mais uma caldeira com excesso de pressão e sem válvula de segurança.

A pressão tornou-se tão insuportável, que alguma coisa tinha de acontecer. E aconteceu.

Se você nunca sofreu um colapso nervoso - diz ele - peça a Deus que jamais tal lhe aconteça, pois nenhuma dor física pode exceder o sofrimento que tanto aflige uma mente atormentada.

Meu colapso foi tão sério, que eu não podia falar nem mesmo com os membros de minha família. Não me era possível controlar os pensamentos. Sentia-me completamente tomado pelo medo.

Cada novo dia era um dia de agonia. Considerava que todos tinham me abandonado - até mesmo Deus. Sentia-me tentado a jogar-me no rio e terminar com tudo de uma vez.

Resolvi, porém, em lugar disso, fazer uma viagem à Flórida, na esperança de que a mudança de cenário pudesse fazer-me bem.

Ao subir no trem, meu pai me entregou uma carta e recomendou-me que não a abrisse antes de chegar à Flórida.

Chegando lá, alguns dias se passaram, e procurei arranjar trabalho num cargueiro, mas não tive sorte. De modo que passava o tempo na praia.

Sentia-me mais infeliz na Flórida do que o era em casa.

Abri, pois, o envelope, para ver o que meu pai escrevera. A nota dizia:

"Meu filho, você está a 1.500 milhas de casa e não se sente de modo algum diferente, não é assim?

Sabia que você não se sentiria, porque levou em sua companhia a única coisa que é a causa de todas as suas preocupações - você mesmo.

Não há nada que não esteja bem em seu corpo ou em seu cérebro.

Não foram as situações com que você deparou que o venceram: foi a maneira de você pensar nessas situações.

O homem é o que ele pensa do fundo do seu íntimo. Quando você compreender isso, meu filho, pode vir para casa, pois estará curado."

* * *

Há motivos, sim, para preocupações, porém, relevantes e profundas, aquelas que dizem respeito às questões espirituais, tendo em vista o impositivo do progresso que te espera.

Elas, no entanto, não se podem converter em inquietações que te prejudiquem a conduta emocional, porque fazem parte do teu programa de evolução.


Redação do Momento Espírita com base na parte IV do livro Como evitar preocupações e começar a viver, de Dale Carnegie, ed. Companhia editora nacional e no cap. 23 do livro O amor como solução, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
























sexta-feira, 23 de outubro de 2020

A Importância da Pontuação...

 

Um homem rico estava muito mal.
Pediu papel e pena. Escreveu assim:

Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres.

Morreu antes de fazer a pontuação.
A quem deixava ele a fortuna?
Eram quatro concorrentes.

1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:

Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

Assim é a vida.
Nós é que colocamos os pontos.
E isso faz a diferença.



Autoria Desconhecida, Caso tenha ou possua, envie-nos a referência desse texto.
















sábado, 17 de outubro de 2020

Histórias e canções

A imaginação do homem é ilimitada. Assim como sua criatividade.

Por isso, todos os dias surgem novas histórias pelo mundo, porque o homem não cessa de criar.

Com o advento da internet, mais se vulgarizaram os contos, as crônicas, ao lado de lendas de toda sorte.

Algumas são histórias verdadeiras, de profundo valor. Outras, invenções da mente popular. Outras, ainda, têm rudimentos de verdade em meio a muitas alegorias.

Verdade ou lenda, os fatos que envolvem a composição da música Silêncio, que costuma ser executada nos funerais militares, nos emocionam.

A história remonta ao período da guerra civil americana, em que irmãos do mesmo país se bateram uns contra os outros: norte contra o sul.

Conta-se que no ano 1862, o capitão Robert Elly, do Exército da União, estava com seus homens no Estado da Virgínia.

Do outro lado do terreno, se encontrava o exército confederado.

Durante a noite, gemidos de alguém ferido, no campo de batalha, se fizeram ouvir. Seria um soldado da União ou do Exército Confederado?

O capitão Elly optou por se arrastar, através dos disparos, para resgatar o soldado ferido, trazendo-o para o seu acampamento.

Contudo, duas questões surpreenderam o capitão, ao chegar às suas próprias linhas. O soldado era um confederado. E estava morto.

Todo seu esforço fora em vão. Mas as surpresas não pararam aí. Ao acender sua lanterna e mirá-la no rosto do morto, ficou sem fôlego.

O soldado era seu filho. Quando a guerra irrompera, ele estava estudando música no sul dos Estados Unidos. Alistara-se, sem nada informar ao pai.

Com o coração em frangalhos, o capitão pediu permissão aos seus superiores para dar ao filho enterro com honras militares, mesmo sendo um soldado inimigo.

Era seu filho e ele desejava que a banda de músicos tocasse no funeral. Seu pedido foi parcialmente atendido, pois o autorizaram a se servir de um único músico.

O oficial escolheu o corneteiro e pediu-lhe que executasse a série de notas musicais que estavam escritas em um papel, encontrado no bolso do uniforme do jovem morto.

A música é emocionante, recordando um cair de tarde, um pôr-do-sol, alguém que discretamente se vai. No entanto, os versos que acompanham a composição são ainda mais profundos. Dizem o seguinte: 

O dia terminou, o sol se foi dos lagos, das colinas e do céu.

Tudo está bem. Descansa, protegido. Deus está próximo. A luz tênue obscurece a visão. E uma estrela embeleza o céu, brilhando luminosa.

De longe, se aproximando, cai a noite. Graças e louvores para os nossos dias. Debaixo do sol, debaixo das estrelas, debaixo do céu, enquanto caminhamos, isso nós sabemos: Deus está próximo.

*    *    *

A música, de não fácil execução, quase sempre nos leva a banhar os olhos com lágrimas discretas. Possivelmente, poucos de nós sabíamos que, além das notas musicais, ela tinha versos.

Agora que os conhecemos, podemos entender o porquê da emoção que nos toma a alma, quando a ouvimos.

Trata-se da prece sincera de uma alma ao Criador, ao Pai. Uma prece de fé, de confiança, de certeza de que, mesmo entre a batalha cruel, as dores cruciantes, nada há para temer.

Nem a noite sem estrelas, nem as brumas da morte, nada. Porque Deus está próximo. E se Ele está próximo, no Seu amor nos podemos agasalhar e confiar.

Pensemos nisso.


Redação do Momento Espírita, a partir de história de autoria ignorada.

Em 20.2.2013