quarta-feira, 29 de abril de 2020

Quando falar...


As palavras bondosas são como o mel, doces para o paladar e boas para a saúde, diz Salomão, em seus versos bíblicos.

Com os espíritos superiores aprendemos que a palavra educada é o alvorecer do coração. Conversar é mostrar por fora o que existe por dentro. Enfim, a nossa boca é a nossa ferramenta e nossa grandiosa oficina onde o artista é o espírito.

Desta forma, a nossa palavra pode socorrer, estimulando os caídos a se levantar, aqueles que dormem a despertar, os errados a se corrigir e os agressivos a se acalmar.

As nossas palavras são sons revestidos dos nossos sentimentos. Por isso, quando falarmos a respeito do amor, falemos de modo a que nós mesmos possamos absorver cada frase que brote do coração.

Quando falarmos a respeito da dor, deixemos abertas as janelas da alma para compreender que amor e dor são tão parecidos que até os confundimos, ao vê-los bem de pertinho.

A criança chora de fome e o amor lhe estende pão. O doente geme e o amor lhe estende o remédio e segura-lhe a mão.

Quando falarmos sobre a paz, falemos mesmo que haja rumor de guerra, para sermos ouvidos na mais alta voz.

Falemos da paz a quem faz a guerra tanto quanto para os que conosco vibram pela paz. E apliquemos os métodos da paz em nossas vidas porque nossas atitudes darão maior credibilidade ao nosso verbo.

Quando falarmos a respeito da fome, busquemos saciar a fome de alguém, tanto quanto aprendamos a abençoar a mesa farta do nosso café da manhã, do almoço e do jantar.

Diante de pratos que não apreciamos recordemos os que morrem de fome, todos os dias, e, em vez de esbravejar por não ter nada para comer, levantemo-nos da mesa, abramos a geladeira, e escolhamos algo que nos agrade para a alimentação.

Quando falarmos sobre amizade, estendamos as mãos e alcancemos os amigos, a fim de provar a nós mesmos aquilo que gostamos de dizer aos outros.

Quando falarmos a respeito da felicidade, acreditemos nela e a cultivemos, enumerando os tantos itens que constituem a nossa felicidade. Vamos, com certeza, descobrir que temos maiores motivos para ser felizes do que infelizes.

Quando falarmos a respeito da fé, demonstremos que a nossa própria vida é regida pela fé, não nos deixando levar pelo desespero, nem a pela rebeldia.

Quando, enfim, falarmos de Deus para as criaturas, falemos do Deus-amor que não faz distinção dos seres porque é o criador de todos.

Falemos a respeito do Deus-pai que abençoa todos os seus filhos, em todas as nações, em todo o universo, por ser o excelso pai que aguarda a todos no seu reino, não importando o século, a dimensão e o caminho longo, sinuoso ou curto que tenha percorrido para chegar até ele.

***

Mesmo que não saibas, és exemplo para alguém.

Sempre existem pessoas observando os teus atos e tomando-os como exemplo, inclusive os atos menos dignos.

Desse modo, és responsável não só pelo que realizas, como também pelo que as tuas idéias e atitudes inspirem a outros indivíduos.

Cuida do que falas e realizas, para que os teus observadores se edifiquem e ajam corretamente.


Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no texto palavras e palavras de Daltro Rigueira Vianna, inserido na Revista o Espírita; no texto quando falar de amor..., sem menção a autor e na obra vida feliz, cap. CXX, de autoria de Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco.













terça-feira, 28 de abril de 2020

A história do lápis...


O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura, perguntou:

- Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco? E por acaso, é uma história sobre mim?

A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:

 - Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.

O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.

 - Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!

 - Tudo depende do modo como você olha as coisas.

Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo.

Primeira qualidade:

Você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma mão que guia seus passos.

Esta mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade. 

Segunda qualidade:

De vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador.

Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado.

Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor.

Terceira qualidade:

O lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado.

Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça.

Quarta qualidade:

O que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você.

Finalmente, a quinta qualidade do lápis:

Ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação.


(Autor desconhecido)









segunda-feira, 27 de abril de 2020

Reflita...


Você, que reclama o que não recebe, já pensou no que não dá?

Você que se lamenta porque sofre, já pensou no quanto faz sofrer?

Você, que acusa a ignorância, já avaliou seus conhecimentos?

Você, que condena o erro, já percebeu quanto erra?

Você, que se diz amigo sincero, já se analisou com sinceridade?

Você, que se queixa da penúria, já viu quanto possui mais que os outros?

Você, que critica o mundo, já fez algo para melhorá-lo?

Você, que sonha com o céu, quanto já fez para extinguir o inferno?

Você, que se diz modesto, não terá orgulho de parecer humilde?

Você, que condena o mal, tem procurado difundir o bem?

Você, que deplora a indiferença, tem semeado o amor?

Você, que se aflige com a pobreza, tem usado bem suas riquezas?

Você, que se dói com os espinhos, tem cultivado rosas?

Você, que tanto lamenta as trevas, tem espalhado luz?

Você, que se ocupa consigo mesmo, tem se preocupado com os outros?

Você, que se sente tão pequenino, tem procurado crescer?

Você, que se queixa da solidão, tem buscado companhia de um amigo?

Você, que se revolta contra a doença, que tem feito pela saúde?

Você, que almeja a concórdia, tem combatido a discórdia?

Você, que se diz servo de Deus, tem servido para alguma coisa?


(Autoria Desconhecida)














sexta-feira, 24 de abril de 2020

Onde Deus ocultou a felicidade...


Umas das coisas que mais o homem busca é a felicidade.

E o que mais se ouve as criaturas afirmarem é que são infelizes.

Esse é infeliz porque não tem dinheiro. Outro, porque lhe falta saúde, outro ainda, porque o amor partiu. Ou nem chegou. Um reclama da solidão. Outro, da família numerosa que o atormenta com mil problemas; Um terceiro aponta o excesso de trabalho. Aqueloutro, reclama da falta dele.

Alguém ama a chuva, o vento e o frio. Outro lamenta a estação invernosa que não lhe permite o gozo da praia, dos gelados e do calor do sol.

Em todo esse panorama, o homem continua em busca da felicidade.

Afinal, onde será que Deus ocultou a felicidade?

Soberanamente sábio, Deus não colocou a felicidade no gozo dos prazeres carnais.

Isso porque uma criatura precisa de outra criatura para atingir a sua plenitude.

Assim, quem vivesse só pelos roteiros da terra, não poderia encontrar a felicidade.

Amoroso e bom, o Pai também não colocou a felicidade na beleza do corpo. 

Porque ela é efêmera. Os anos passam, as estações se sucedem e a beleza física toma outra feição. A pele aveludada, sem rugas, sem manchas, não resiste ao tempo. E os conceitos de beleza se modificam no suceder de gerações. O que ontem era exaltado, hoje não merece aplausos... 

Também não a colocou na conquista dos louros humanos, porque tudo isso é igualmente transitório. Os troféus hoje conquistados, amanhã passarão a outras mãos, mostrando a instabilidade dos julgamentos e dos conceitos humanos.

Igualmente, Deus não colocou a felicidade na saúde do corpo, que hoje se apresenta e amanhã se ausenta.

Enfim, Deus, perfeito em todas as suas qualidades, não colocou a felicidade em nada que dependesse de outra pessoa, de alguma coisa externa, de um tempo ou de um lugar.

Estabeleceu, sim, que a felicidade depende exclusivamente de cada criatura. Brota da sua intimidade. Depende de seu interior.

Como ensinou o extraordinário Mestre Galileu: “o reino dos céus está dentro de vós” Por isso, se faz viável a felicidade na terra.

Goza-a o ser que não coloca condicionamentos externos para a sua conquista.

É feliz porque ama alguém, mesmo que esse alguém não o ame.

É feliz porque pode auxiliar a outrem, mesmo que não seja reconhecido.

É feliz porque tem consciência de sua condição de filho de Deus, imortal, herdeiro do universo.

Não se atém a picuinhas, porque tem os olhos fixos nas estrelas, nos planetas que brilham no infinito.

Se tem família, é feliz porque tem pessoas para amar, guardar, amparar.

Se não a tem, ama a quem se apresente carente e desamparado. 

Se tem saúde, utiliza os seus dias para construir o bem.

Se a doença se apresenta, agradece a oportunidade do aprendizado. 

Nada de fora o perturba. 

Se as pessoas não o entendem, prossegue na sua lida, consciente de que cada qual tem direito a suas próprias idéias. Se tem um teto, é feliz por poder abrigar o outro irmão, receber amigos. 

Se não o tem, vive com a dignidade de quem está consciente de que nada, em verdade, nos pertence.

Enfim, o homem feliz é aquele que sabe que a terra é somente um lugar de passagem. Que sabe que veio de lugares distantes para cá e que, cessando o tempo, retornará a outras paragens, lares de conforto e escolas de luz. 

Moradas do Pai, nesse infinito universo de Deus.

A verdadeira felicidade reside na conquista dos tesouros imperecíveis da alma.


(Desconheço o autor) 












quinta-feira, 23 de abril de 2020

Guardemos o Cuidado


"...mas nada é puro para os contaminados e infiéis." Paulo (Tito, 1:15)


O homem enxerga sempre, através da visão interior.

Com as cores que usa por dentro, julga os aspectos de fora.

Pelo que sente, examina os sentimentos alheios.

Na conduta dos outros, supõe encontrar os meios e fins das ações que lhe são peculiares.

Dai, o imperativo de grande vigilância para que a nossa consciência não se contamine pelo mal.

Quando a sombra vagueia em nossa mente, não vislumbramos senão sombras em toda parte.

Junto das manifestações do amor mais puro, imaginamos alucinações carnais.

Se encontramos um companheiro trajado com louvável apuro, pensamos em vaidade.

Ante o amigo chamado à carreira pública, mentalizamos a tirania política.

Se o vizinho sabe economizar com perfeito aproveitamento da oportunidade, fixamo-lo com desconfiança e costumamos tecer longas reflexões em torno de apropriações indébitas.

Quando ouvimos um amigo na defesa justa, usando a energia que lhe compete, relegamo-lo, de imediato, à categoria dos intratáveis.

Quando a treva se estende, na intimidade de nossa vida, deploráveis alterações nos atingem os pensamentos.

Virtudes, nessas circunstâncias, jamais são vistas.

Os males, contudo, sobram sempre.

Os mais largos gestos de bênção recebem lastimáveis interpretações.

Guardemos cuidado toda vez que formos visitados pela inveja, pelo ciúme, pela suspeita ou pela maledicência.

Casos intrincados existem nos quais o silêncio é o remédio bendito e eficaz, porque, sem dúvida, cada espírito observa o caminho ou o caminheiro, segundo a visão clara ou escura de que dispõe.


XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 34.








quarta-feira, 22 de abril de 2020

Você Mesmo...


Lembre-se de que você mesmo é:

O melhor secretário de sua tarefa.

O mais eficiente propagandista de seus ideais.

A mais clara demonstração de seus princípios.

O mais alto padrão do ensino superior que seu espírito abraça e a mensagem viva das elevadas noções que você transmite aos outros.

Não se esqueça, igualmente, de que:

O maior inimigo de suas realizações mais nobres, a completa ou incompleta negação do idealismo sublime que você apregoa.

A nota discordante da sinfonia do bem que pretende executar.

O arquiteto de suas aflições e o destruidor de suas oportunidades de elevação - é você mesmo.


XAVIER, Francisco Cândido. Agenda Cristã. Pelo Espírito André Luiz. FEB. Capítulo 42.